sábado, 11 de outubro de 2008

Review Boom Festival- parte 1 Festival da riqueza dos detalhes, da mistura em todos os sentidos




O festival bianual de cultura alternativa, o Boom Festival, comemorou o seu décimo aniversário, e entre os dias 11 e 18 de agosto se deu mais uma celebração no lago de Idanha-a-Nova, pequeno vilarejo ao norte de Lisboa.
Muitos anos de expectativa, muitos sonhos em relação a esse grande encontro da diversidade em todos os sentidos, enfim, os sonhos se tornam realidade e foi assim que se iniciou essa aventura para milhares de pessoas ao redor do globo.

Ao começar pelo dia da viagem. Segunda-feira de manhã em Lisboa,chuva fininha e uma grande concentração de freaks de todo o planeta.Concentração no aeroporto da Portela para as saídas do Boom Bus,o transporte oficial do festival.
Era grande o número de viajantes do mundo todo para embarcar nessa aventura. Do lado de fora,muitos ônibus a espera do público,do lado de dentro: dreads,roupas coloridas,diferentes estilos,cabelos,idioma,acentos. A partir daí já se tinha uma idéia da mistura que seria esse festival.

Pelo caminho, entre rodovias, um percurso de 250 km, ou quase 3 horas de viagem até o Geoparque Naturejo, local rodeado por belezas naturais, montanhas, rochas, pedras e um lindo lago azul.
Antes da portaria principal do festival, alguns quilômetros. Para quem optou ir de Boom Bus, foi uma boa escolha, já que se evitavam tempos e tempos de espera, ou na fila sob um sol forte que refletia o clima mais quente do interior. Mas, teve muita gente que preferiu trilhar o caminho a pé, com mochilas pesadas, mas em um clima de diversão, de novas amizades e de muita resistência física.

Finalmente dentro do Boom Festival: “Welcome” dizia a placa na entrada principal. Sorriso na face,olhos brilhantes,admirada com tudo o que ainda desconhecia e que exploraria.
No primeiro dia do festival, dia 11 não há som, é um dia para as pessoas chegarem, se ambientarem, escolher o seu lugar de camping, curtir a natureza, descansar, enfim se habituar e se preparar para uma maratona que estava apenas começando.
Percorrendo as áreas, podia-se ter uma idéia de qual grande era o lugar. Árvores, muito verde, sombras, flores, e todo aquele ar colorido. Nenhuma nuvem no céu, o sol brilhava. Tempo seco,semi árido,muita poeira,e no chão,pedrinhas e algumas rochas e espinhos.Mistura de vegetação,e um paraíso abençoado.

Achei interessante se ter uma idéia de como é o festival antes de ele ter começado. Tempo para conhecer cada lugar, sentir cada energia, cada cheiro, andar por todos os cantos e adivinhando ou tendo uma idéia do que é o que.

Momento exploração.

No dia seguinte, dia 12, terça-feira, a noção de que mais um Boom Festival estava a começar era verdadeiro. Decorações por todos os lados, cores, muitas cores, estruturas gigantescas, riquezas nos detalhes, mapas, placas, movimentação, últimos ajustes no som, em todas as pistas. Flea Market já montado é o sonho.

No mapa deixado em alguns lugares, como na entrada, no balcão de informações ou nas árvores você se baseava e guiava-se.
Para acampar, três áreas de camping principais com o indicativo “camping”, onde não se podia também havia o aviso. Estacionamentos de carros separado do estacionamento de motor home e veículos maiores. Chuveiros próximos ao camping,banheiro de sólidos e banheiros somente de líquidos,divididos sempre entre homens e mulheres.

“Lockers” ou o nosso guarda-volumes, ”achados e perdidos”, cozinha comunitária, cozinha solar e uma boa área de alimentação com sabores exóticos e naturais do mundo todo.
A grande tenda colorida que cobria todo o espaço dedicado às pessoas que estavam acomodadas e se alimentando, foi feita pela equipe de Thomas, Daime Tribe. Uma lycra imensa e colorida, “tai-day”, com cores suaves e traços fortes. Abaixo, grandes mesas, bancos e chuveiros que algumas vezes durante o dia refrescava com o calor que fazia.

Dezenas de stands montados com cardápios saudáveis, bebidas orgânicas e refrescantes, além de bares personalizados e pintados pelo artista High Raff e com o atendimento do Wave Bar.
Ao todo 17 restaurantes. Comida vegetariana, veggie burgers, especialidades da Índia, Tailândia, Itália e Singapura. Deliciosos pães quentes recheados, comida japonesa, massas, macrobiótica, bebidas biológicas, pizzas, mexicana, caldos, carnes, snacks, e também um restaurante regional de comida tipicamente portuguesa. Nas refeições, os preços variavam de 6 a 11 euros, as bebidas ficavam entre 1 euro e 4 euros. Além disso, podia-se saborear sorvetes diversos, água de coco, e açaí, muitas frutas, e outras comidinhas que se encontravam fora da área de alimentação.

Ao redor de todo o Dance Floor, onde se formava um grande círculo, o Flea Market ou Feira mix. Umas 50 lojinhas fixes, bacanas e com artigos personalizados de artistas e artesãos do mundo todo. Era unir arte com conhecer pessoas e culturas, um espaço que sempre estava movimentado. Ambiente colorido e curioso onde se encontrava uma grande variedade de roupas, acessórios diversos, livros e revistas, joalheria, sandálias, botas, artesanatos, roupas feitas à mão, produtos reciclados, cristais, tabacaria, camisetas personalizadas, malabares, e também a Matramba, brasileira com lindas cartucheiras e lanternas led.

No final da tarde, as primeiras melodias surgiram. Batuques, sons orgânicos, era o início oficial da abertura com Star Sound Orchestra. Em um Dance Floor com tons em verde,com pequenas outras salas que refrescavam com um mini lago e lugares para sentar. As coberturas de sombras foram desenvolvidas pela Sagaz, equipe brasileira de São Paulo, e duas Fênix se destacavam. Além disso, seis espíritos e um cristal protegiam e canalizava a energia da pista, projeto esse desenvolvido pelo eslovaquio, Misko.

Main Floor recheado de boas atrações, do Full on ao Dark, do Progressive ao Trance. Nomes como Zarauz, projeto português, N.A.S. A, destaque para um projeto de progressive dançante, o DJ Nellix, os australianos da Zenon Records, Shadow FX, Tetrameth, além de Behind Blue Eyes, que contagiou não somente pelo som, mas por sua performance pessoal que empolgou todo o público. Os brasileiros também tiveram seus destaques como First Stone, DJ Pedrão, Swarup e Burn in Noise. Dos nomes do Full on e que mantiveram uma cena mais old school, Tristan brilhou, com bases fortes e melódicas e Shane Goby.

Continua...

Por Nat Naville (nati@emusicbrasil.com)

3 comentários:

Anônimo disse...

Nice review!
;)

bjooo

Desirée Franco - PAXandLOVE@2008 disse...

adoreiiiiiiii....arrasou moire!! Queria estar la!
te amo!
besosss

Pinq Industry disse...

perfeito lugar...
estamos mais juntinhas aqui tbm.

je t'embrasse fort